A FOLHA DA ÁRVORE

“Não cai uma folha da árvore sem que a vontade do Pai nela se manifeste.”

Mesmo ante a consciência da existência de um Ser superior, uma inteligência suprema, uma causa primeira de todas as coisas que tudo vê e tudo rege, por vezes nossas forças se abalam e o edifício espiritual apresenta rachaduras sensíveis que nos entorpecem a caminhada. Falta-nos, nesse momento, Fé…

Cada qual, na sua jornada terrena – essa experiência evolutiva – sabe bem as alegrias e as dores que traz no coração… E, embora vivendo em coletividade, somos almas individuais com sensações particulares, próprias e inerentes ao nosso Espírito milenar, que as cultivou e alimentou, existência após existência.

Mas quando o assunto é Fé, nem todos somos capazes de sustenta-la para enfrentar as adversidades dos caminho. Nem todos estamos no estágio de compreensão das coisas Divinas, em sua acepção espiritual – e, portanto, real. Com isso, uns, de pronto, repelem-na (a Fé) e esmorecem na batalha; outros, assentam os primeiros tijolos da construção, mas com a contínua aspereza da tormenta, entregam-se ao desalento; alguns outros, em menor número, corajosamente empenham-se nessa misteriosa sustentação, e prosseguem sob todos os martírios a caminhada da transformação, da redenção, e do “resgate” para a ascensão.

E os “grandes na Fé”, parte do reduzido número de Espíritos conscientes, sabem bem o valor de duas condições: a primeira, que Deus é todo justiça e todo Amor, e as adversidades, por isso, terão fim; a segunda, que nada passa sem que Ele o saiba, nem mesmo o pensamento oculto dos espíritos adeptos do mal transitório.

Felizes os que perseverarem até o final, pois, a eles, estão reservadas as maiores alegrias – lecionou-nos o amado Mestre.

Por isso, em adesão às evocativas de Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios, armam-se com a “armadura da Fé” e caminham intimoratos na senda da superação de si mesmos, no enfrentamento dos contrários ao bem, na compreensão – mas, não-comunhão – com os adversários da Luz.

Sabem eles, de fato, que não cai uma folha da árvore sem que o Pai Celestial nela se manifeste. E, como poderiam, em verdade, sendo fervorosos adeptos da Fé imorredoura, olvidar-se de que o mesmo Pai, deles se esqueceria? A eles abandonaria em trevas?

De tudo e para tudo, pois, aguardemos o tempo previsto na Lei Divina, sem abandonarmos, ainda assim, a Fé que nos sustenta a marcha para o progresso. Caminhemos continuamente, destemidos, sem cessar e sem “olhar para o lado”, mas para frente, e para o Alto.

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