DAQUILO QUE TEMOS

É de todos nós conhecida a frase popular “ninguém dá aquilo que não tem”. Desse contexto, poder-se-á extrair, de sua vez, que “somente se dá, aquilo que se tem”.

Pensando nisso é que indagamos, de nós para nós mesmos, acerca daquilo que temos dado no que diz respeito aos nossos sentimentos, nossas emoções, nossas palavras e nossas ações em favor dos outros que nos cercam.

Disse o Senhor, nessa linha, que “a boca fala do que está cheio o coração”. Por isso, a assertiva que trouxemos vai ao encontro para a oportuna reflexão, em nos levando a meditar sobre o que temos ofertado ao próximo; sobre a natureza do tesouro que temos cultivado e, por assim dizer, do que temos “dado” ao convívio social e, igualmente, ao convívio íntimo.

Basta uma análise detida no contexto de nossas relações para, com sinceridade, avaliarmos se temos provocado, à nossa chegada, alegria, bem-estar, prazer de comunhão pacífica, paz íntima, felicidade fraterna, solidariedade… ou, se, de modo contrário, temos levado o azedume, a irritação no grupo de convívio, a dispersão dos amigos, a maledicência caluniosa, o fel nos lábios, a tortura aos corações necessitados…

Ora, talvez nunca tenha sido tão necessária a reflexão minuciosa acerca de nossos atos, pensamentos e emoções. O mundo caminha para a edificação de um pensamento novo, para a solidificação de um novo estágio espiritual, onde a “era do Espírito” estará notoriamente distinguida da “era da matéria”, que será colocada em seu devido lugar. Em outras palavras: o “homem” velho dará lugar ao “homem” novo.

E, nós que nos colocamos nas fieiras do Espiritismo cristão, como seguidores do modelo de Amor encarnado em Jesus Cristo, somos convocados a ocupar as posições de soldados do Bem, levando a claridade onde a treva teima em perdurar.

Mas esses soldados, diversamente das armas fratricidas que outrora eram portadas, devem estar revestidos de nobreza de caráter, de elevada moralidade adquirida, que se fará refletir em todos os cenários da vida.

Dessa forma é que convidamos os irmãos e irmãs de ideal a pensar, criteriosamente, no título ofertado, levando-nos, todos, a dar do nosso melhor, sempre. E, se ainda não o temos – desse melhor -, que o cultivemos, para que na hora derradeira sejamos agraciados com o fruto saboroso da plenitude, e da Vida.

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