DESPERTAR PARA JESUS

“A preferência do Cristo era a de amar e a diferença é que as criaturas se alimentam desse amor de acordo com a posição evolutiva que conquistaram.”¹ Espírito Miramez

Precisamos convir, é fato, que perante a Lei Divina não existem privilégios; cada qual recebe a parcela de direitos e deveres consoante a capacidade do Espírito, após sagradas sendas evolutivas, existência após existência.

Nesse contexto, a expressão utilizada pelo Espírito Miramez ressoa com perfeita equidade, de vez que, para compreendermos Jesus em sua plenitude espiritual, precisamos nós, igualmente, estarmos conscientes de que é preciso conquistar maior evolução, maior grandeza de espírito.

Jesus é o Divino Mensageiro e o Pastor do grande rebanho, mas nem todas as ovelhas o compreendem ou o compreenderam. Basta voltarmos os olhos ao passado menos distante – e mesmo em dias atuais – embora tenhamos sobre as mãos o Sagrado Evangelho, para entendermos que, infelizmente, não estamos sintonizados, no todo, com a excelsa magnitude do Cristo.

No entanto, a misericórdia de Deus é infinita… Uma de suas leis inderrogáveis é a lei de progresso; uma outra, junto a ela, a de reencarnação. Por essas duas leis o homem avança, modelando-se gradativamente à pureza espiritual necessária, abrindo, a cada existência, os olhos espirituais para ver o que, até hoje, não tem visto.

Também Jesus, que é compassivo e compreende ambas as leis, sem ferir qualquer arbítrio concedido às suas ovelhas, por Nosso Criador, aguarda generoso, de braços abertos, a nossa chegada ao Reino a ser edificado. Porém, não nos enganemos: o aguardar de Jesus não significa ociosidade, tédio, ou inércia. Não. Jesus trabalha ainda hoje, como nosso Pai também o faz.

Quanto a nós, seguindo o preceito do labor para nossa própria edificação, já temos traçado o roteiro amoroso, de transformação e elevação. Cabe, a cada um, por si próprio, em autoconhecimento e auto regeneração, podar as arestas infelizes que ainda nos impedem de gozar o Amor do Cristo em sua pura grandeza, em sua luminosidade.

Não nos detenhamos, por isso, no tempo do charco e da sombra. Não nos prendamos às trevas de um mundo em ilusão. Subamos o pensamento; elevemos nossas ações; sintonizemos a palavra caridade na ação diária e, brevemente consideraremos Jesus, não como um mártir em cruz, mas, sim, como a Luz do Mundo.


¹ MAIA, João Nunes, pelo Espírito Miramez. Livro: O Reino de Deus, capítulo ‘Consciência’.

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