Todos que nos encontramos conscientes das tarefas que nos foram confiadas nesta existência temos uma reflexão comum: a vida não nos foi concedida para a ociosidade, para o proveito desmedido, ou para o círculo vicioso. Não!
Cada um de nós, ao reencarnar, traz consigo uma programação espiritual, cuja meta sublime é a reforma moral, a lapidação do espírito, a corrigenda das arestas com o próximo, enfim, a transformação da pedra bruta que traduz a melhora para o homem que evolui, incessantemente.
Infelizmente, nem toda programação sai como se espera; nem mesmo a espiritual…
No vaso físico, muitos de nós nos esquecemos da verdadeira condição a que nos propusemos e, ao invés de seguirmos o script previsto, vacilamos, cedemos às mais deploráveis viciações, e nos perdemos tristemente nas falsas convenções mundanas.
É que os títulos honrosos, as coroas brilhantes, as moedas luzentes, e as vestimentas pomposas, atiçam o homem ainda sensível a estas paixões materiais. Presumimo-nos, na posse delas, em altares de destaque, que assim nos permite subjugar tantos outros irmãos de caminhada.
Quanta cegueira, aliás! Pois que chegando ao fim da viagem terrena, ou certificando-nos vulneráveis – como os demais – as desolações começam a tomar conta de nossas mentes, que aí se perturbam, se entenebrecem, e se enlouquecem na dureza da realidade.
Quantas cenas assim já se repetiram como lição, para que não viéssemos a cair nas torpezas da ilusão material! Contudo…
É preciso, uma vez despertos, que sejamos operosos no bem, e combatamos com serenidade toda dificuldade que se apresente, jamais inertes aos convites que se achegarem para a batalha evolutiva.
Com isso, quiçá, ao evidenciarmos as horas últimas que anunciam o trespasse ao Plano Maior, poderemos dizer, na paz de consciência e do dever cumprido: se Deus está a me chamar, estou pronto.
Para frente e para o Alto, meus irmãos.
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