ENQUANTO NÃO NOS AMARMOS TAMBÉM…

É bem verdade – não se discute – que o Amor é fonte sublime que deve irradiar de nós em favor de todos quantos necessitem, auxiliando na transformação em cooperação de uns para com os outros; daqueles que podem mais, em favor dos que podem menos, já que, em síntese, enquanto irmãos, nós nos devemos em reciprocidade.

Ainda aí é importante considerar que Deus foi definido por João, o Evangelista, como sendo “O Amor” e, Dele, nosso Pai, parte a verdadeira fórmula desse sentimento ainda incompreendido, em plenitude, por nossos Espíritos caminhantes e vacilantes na estrada de ascensão.

No entanto, se é mister compreender o mandamento do Amor a Deus e ao próximo, Jesus não deixou de lecionar que precisamos amar, igualmente, a nós mesmos, sem que isso figure na categoria de egoísmo.

Egoísmo, aliás, é vício a ser combatido, pois nos coloca na condição de exclusividade, com personalismo que ofusca a fraternidade, que apaga a solidariedade, eis que o egoísta pensa somente em si, e crê que tudo deva girar ao redor de si.

Amor a si mesmo, longe do egoísmo que merece reflexão, é ponto vital, de valorização pessoal, pois não se concebe quem saiba amar em plenitude se não considerar a própria capacidade de servir e trabalhar. Lembremos, nesse passo, que o próprio Cristo nos advertiu para não colocarmos a candeia sob o alqueire, como forma amorosa de despertarmo-nos às nossas próprias aptidões na seara de elevação.

Autoamor! Como é preciso aprofundar na divindade íntima de cada um para que acendamos a luz que está opaca em nós! Como é necessário o autoconhecimento para que a descoberta deixe aflorar nossos valores em favor dos valores que beneficiarão nossos irmãos!

Amemo-nos, com o equilíbrio que permite a paz do coração, pois, enquanto não nos amarmos também, longe estaremos de saber, realmente, como amarmos a alguém.

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