ENTENDIMENTO FRATERNO

“Os que colhem as espigas maduras não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor.”¹ Espírito Emmanuel

Aos que se encontram no capítulo existencial, colhendo a lavoura consequente do plantio nobre, a advertência amorosa do benfeitor espiritual Emmanuel ressoa como luz do entendimento fraterno.

Não podemos – e não nos é de direito -, convenhamos, querer que os nossos irmãos em humanidade caminhem passo a passo conosco, quando, nós mesmos, não conseguimos, dentro de nossas limitações, acompanhar os instrutores que já alcançaram a divina bênção do esclarecimento.

Por isso, somente a compreensão de nossas limitações, e das limitações que ora alcançam os irmãos que semeiam na retaguarda, nos colocará na posição caritativa de auxiliar sem constranger; amparar sem impulsionar indebitamente.

Jesus, o Divino Obreiro do Amor, respeitando nossa ignorância evolutiva, jamais nos feriu. Demonstrou, com seus exemplos, que a luz precisa cumprir seu papel de iluminar, estar sobre o candeeiro, mas em hipótese alguma vemos o Mestre coagindo os discípulos, apóstolos, ou os que foram por Ele curados.

Respeitou, sempre, o livre-arbítrio e a condição de cada um, como o verdadeiro Professor sabe se postar: instruir, aconselhar, mas mostrar-se o exemplo vivo daquilo que apregoa, reconhecendo que não se espera da criança o que só o adulto pode corresponder.

Em razão disso, meus irmãos, quando nos depararmos com aqueles que amamos, mas não compreendem nosso ponto de vista já alvejado pela claridade, tenhamos a capacidade de ama-los um tanto mais, na certeza de que as suas épocas de colheita também chegarão.

Estendamos a eles nossas mãos, nosso sentimento, e nossa palavra, se preciso for, mas respeitemos, sobretudo, as suas capacidades de retirarem as espigas, maduras, no tempo certo que também lhes visitará.

Eis, assim, o papel de cada um de nós, segundo a preciosa lição.
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¹ XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel, in prefácio livro Nosso Lar, de autoria espiritual de André Luiz.

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