ESTAÇÃO TERMINAL DAS TREVAS

“…é preciso que o mal cesse de agir, tão logo nos alcance, encontrando em cada um de nós uma estação terminal das trevas.” – Emmanuel ¹

No livro “Mãos Unidas” – cujo título, por si só, é um convite à fraternidade – o venerável Espírito Emmanuel, instrutor da humanidade terrestre, leciona vários apontamentos que nos levam à reflexão sobre nossa conduta intelecto-moral, à luz dos ensinamentos do Cristo.

Claro, então, que se o instrutor benemérito lança-nos luz à mente, é que anseia a abolição das trevas que insistem em perseguir-nos na subjugação escravocrata.

Nesse caminho, extraímos do Capítulo XXVI da citada obra uma pérola que deve ser meditada por nós todos que hoje palmilhamos as benditas searas do cristianismo redivivo; que nos dizemos cristãos, portanto, seguidores do Mestre e Amigo Jesus.

Referimo-nos à nossa capacidade de sermos corrente condutora ou interruptora do mal, ou, no dizer do Espírito Emmanuel, sermos estação terminal das trevas.

Pouco damos conta, é fato, que o mal é fomentado e amplificado no horizonte das nossas convivências porque nós mesmos inflamos o valor e a importância que esse mal não merece. Bastas vezes, aliás, quando uma calúnia nos aponta aos ouvidos, antes de apreciarmos a sua procedência e a sua veracidade, vemo-nos logo adiante repassando a malfadada inverdade, já que calúnia é a imputação inverídica de um fato tido como criminoso. Assim também ocorre com a injúria, a difamação, a maledicência de um modo geral, na sua mais ampla versatilidade cultural em prejuízo da honra alheia.

E, vejamos bem, que nem nos utilizamos do filtro triplo que Sócrates – o filósofo pré-cristão – recomenda-nos em suas lições imortais, a saber: a). O que nos é dito é verdadeiro? b). Revela algo de bom? c). Traduz utilidade para nós ou para o próximo?

Ora, já é tempo de passarmos à prática daquilo que decoramos em teoria, pois, se não olvidamos que a teoria instrui com maestria, somente o exemplo vivenciado é capaz de arrastar multidões, de forma que devemos adotar o hábito impostergável de interromper o mal que chega até nós, ao invés de sermos correntes propagadoras em disseminação da desarmonia, da infelicidade, da dor… das quais passamos a ser coautores.

Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém – ensinou-nos o Apóstolo Paulo². Contudo, tratando-se das trevas, a advertência deve ser mais grave: de todo o mal, abstenhamo-nos, ou o próprio mal se fará em nós.
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¹ XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – livro “Mãos Unidas”, Cap. 26, intitulado “Abolição do Mal”
² Paulo: 1 Coríntios 6

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