FAZENDO CONTA

“Nem tudo que conta pode ser contado, e nem tudo que é contado, verdadeiramente conta.”Albert Einstein

Einstein, o gênio da física, mostrou ao mundo que sua visão não se limitava à comprovação dos fatos pela ciência, nem às fórmulas meramente teóricas. Ao proclamar sua visão científica, na condição de médium que também era, recebia sempre a inspiração para grafar no coração dos homens as mensagens de elevado teor moral.

Na epígrafe registrada, uma só é a invocação do sábio cientista: o valor que realmente damos (ou deveríamos dar) aos “bens da vida”, em confrontação com a visão tacanha e mesquinha do materialismo passageiro.

É que ao longo de nossas existências – e a história dos povos é inconteste – aprendemos a acumular, somar, multiplicar, e fazer “conta” de coisas que, passado um dado tempo, não possuem mais valor. Buscamos e fazemos “conta” de termos a carreira de sucesso, a melhor posição dentro da empresa almejada, o carro do ano, a roupa da marca mais divulgada (quase sempre a mais cara), e também os diplomas que nos confiram a distinção no meio social. Pois, claro, fazemos “conta” de sermos únicos, melhores, maiores que todos, para que todos (os outros) nos vejam como modelos de perfeição, de superação, de ideação.

Mas, nem sempre, isso verdadeiramente conta. Prova disso são as depressões que alarmam os profissionais da área médica; os suicídios cada vez mais precoces; os abortos resultantes da frustração materna; os assassínios e a barbárie humana; os cânceres nascedouros nas emoções transviadas; os delírios e os transtornos que levam o Homem ao uso medicamentoso por uma existência inteira…

Ora! Não é que não devamos lutar e trabalhar para termos uma vida materialmente digna. Não confundamos a reflexão proposta com a justificação do interesse. Afinal, sabemos bem que “é preciso viver no mundo, sem ser do mundo”, na busca do equilíbrio entre o TER e o SER.

Ansiamos por ponderar que, o que conta, afinal das contas, é a “conta” e o valor que damos ao sentimento que nutrimos, as alegrias que cultivamos, as dores que eliminamos, os corações que alentamos, as prosas e risos que nos permitimos, as preces que sinceramente ofertamos, e o Amor que doamos.

O resto, quase sempre, não passa de “conta” barata, ilusória, sem valor maior… mas que, de tanto apego que o Homem lhe dá, dia chegará, no encontro marcado que fatalmente ocorrerá no “lado de lá”, que só uma súplica se ouvirá: Senhor, permita-me regressar, tomar um novo corpo, reencarnar, para que essa “conta” eu possa pagar?

E a resposta, bem podemos ilustrar: “_ A Lei garante o Progresso e a Evolução de todos os seres, contudo, os Homens suportarão, INEXORAVELMENTE, a condução do Livre-arbítrio na esfera da Causa e do Efeito. Ide, ide… retornai, pagai até o último “iota”!”

Após isto, ficamos a pensar: Estamos fazendo a “conta” certa?

——-

Deixe um comentário