FLAMMARION, O POETA DAS ESTRELAS

“A imortalidade é a luz da vida, como esse brilhante Sol é a luz da Natureza.” – Camille Flammarion

Camille Flammarion¹, cujo nome significa aquele que traz a luz é, a considerarmos a sua genialidade e contribuição para o progresso da humanidade nas vertentes da ciência astronômica, filosófica, literária e da metapsíquica, um dos grandes missionários que desceram ao plano terreno para disseminar na mente dos homens a marcha que impulsionou o pensamento reformador espiritualista.

Nascido aos 26 de fevereiro em Montigny-le-Roi – França, era descendente de modesta família de lavradores, porém, já aos 4 anos sabia ler. Aos 16 anos de idade, foi admitido como auxiliar no Observatório de Paris e fez parte do “Bureau des Longitudes”, como calculador. E, aos 19, já era escritor de notório valor, com a publicação da obra “Pluralidade dos Mundos Habitados”.

A partir desta obra citada, outras vieram, e Flammarion popularizou intensamente a Astronomia. Sua capacidade intelecto-moral, de convicções incorruptíveis, foi a condição essencial para que o professor sacramentano, Eurípedes Barsanulpho, utilizasse como referência e ensinamento, em suas aulas de Astronomia, uma de suas brochuras intitulada “Astronomia Popular”.

Suas primeiras experiências no terreno do Espiritismo surgiram em novembro de 1861, e sua contribuição para com a propagação dos experimentos deu-se, também, através do exercício de sua mediunidade pelo mecanismo da “escrita automática”, culminando em diversas mensagens assinadas por Galileu; as quais seriam, em parte, utilizadas por Allan Kardec na publicação do livro “A Gênese”, com o título de “Uranografia Geral”.

De laços afetivamente estreitos com o sábio Professor Allan Kardec, foi quem proferiu o discurso sobre o túmulo do amigo quando este desencarnou no ano de 1869, registrando belíssimas e lúcidas palavras, como a frase marcante que encerrou o emotivo aceno ao breve reencontro: “A imortalidade é a luz da vida, como esse brilhante Sol é a luz da Natureza.”

Imortal também é a alma; sublime é a Verdade que nos irmana a todos. Imortais são os bons exemplos de vida, e eternos são os grandes Homens que, por compaixão à ignorância humana, renascem nos obscuros terrenos para disseminar a “luminescência das cometas”, o “luzir das estrelas”, o “fulgor das constelações”…

E nós, de nossa parte, como discípulos sinceros do contínuo aprendizado, não nos fazemos de arrogados e, sim, reverenciamos esse gênio de escol, esse homem de ciência, de elevado espírito, o “que traz a luz”…

Saudamos, pois, neste 26 de fevereiro, Camille Flammarion, o “poeta das estrelas”.

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[1] Nicolas Camille Flammarion, mais conhecido como Camille Flammarion (Montigny-le-Roi, 26 de fevereiro de 1842 — Juvisy-sur-Orge, 3 de junho de 1925), foi um astrônomo, pesquisador psíquico e divulgador científico francês.

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