FONTE DE CURA

Compreendido que todos somos fonte de irradiação magnética, capazes de auxiliar as dores e martírios de nosso próximo, é imperioso, então, para que a cura se opere como almejamos, que a fonte esteja purificada.

Façamos analogia com a água. O líquido com lodo não é capaz de saciar a sede como aquele com a limpidez que lhe seja inerente. Também, o remédio vencido, ou mal ministrado, não acode a doença como o que é, sensata e equilibradamente, receitado.

Assim, igualmente, se dá com a fonte de energia que irradia no auxílio ao próximo: nós mesmos, através de nossas mãos, nossos pensamentos, nossas ações.

Ao nos colocarmos como instrumento de cura àqueles mais necessitados, devemos fazer criteriosa avaliação de nossos pensamentos e intenções, de forma que nossa mente esteja limpa e a vontade se opere no verdadeiro amenizar de dores; na extrema convicção da compaixão.

Ao estendermos nossas mãos, certifiquemo-nos que as mesmas não serão objeto de aumento do suplício já suportado; que nossas ações, assim, não agravem os lamentos que transbordam nas palavras do irmão desalentado.

Ora! De fato, somos convidados, na condição de seareiros da imensa vinha do Cristo, a dividir o remédio, não o veneno. Para isso, no trabalho diário da fraternidade, operemos a limpeza, a higienização necessária para a purificação de nossa ‘fonte’, a fim de que o auxílio seja eficaz, e a ‘operação espiritual’ possa refletir a mensagem estampada no frontispício vivido pelo meigo Nazareno: ‘…façamos ao próximo aquilo que desejamos nos seja feito…’.

Afinal, quem espera receber pedra, quando se eleva pedidos de pão?

Sejamos, então, a fonte pura, limpa, cristalina, capaz de irradiar amor em nós, para nós, e para todos que carecem de nossas pequeninas intenções.

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