Diz-nos o Espírito Emmanuel, incansável instrutor: “As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam. (…) Lembrando disso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o dia dos Pais é o Dia de Deus.”¹
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Destacamos, com propósito, duas expressões: “…é preciso não esquecer que os pais também amam” e “… o dia dos Pais é o Dia de Deus”. Nelas, assentamos nossa singela reflexão em reverência aos pais, como missionários na instrução, educação e condução dos Espíritos que lhes são confiados, bem como, em louvor ao Supremo Agente Estruturador, isto é, Deus, nosso Pai, o Amor Eterno.
Na primeira expressão, notamos que Emmanuel, o Espírito que tanto admiramos, exalta a figura paterna para colocá-la em pé de igualdade às Mães no que toca à sublimidade do Amor. “Os pais também amam” significa dizer que eles também têm sentimentos e são merecedores de nosso reconhecimento por todo desvelo e incansável luta despendida em nossa edificação material e moral.
Estranha pode parecer a expressão do Benfeitor quando diz que os pais também amam. De fato, ela deveria parecer estranha se o mundo já estivesse regenerado em suas ações e se reconhecêssemos que o amor é um sentimento próprio ao espírito, independente do invólucro material que carrega transitoriamente. Mas nossos preconceitos tendem a excluir o sentimento da ternura e da doçura do gênero masculino, de sorte que Emmanuel fora feliz em relembrar-nos que somos devedores de nossos Pais, por gratidão, na tarefa que eles desempenham em nosso auxílio progressista.
Já na segunda expressão, vislumbramos o orientação da UNIDADE. Ora, quando Emmanuel realça que o Dia dos Pais é Dia de Deus, mas preleciona que o Dia das Mães é o Dia do Amor, notadamente está dizendo que nosso Pai celestial, malgrado as distinções que os homens costumam fazer por força de seus pontos de vista, É A UNIDADE caracterizada pela concessão infindável da bondade, da misericórdia, da pureza, da docilidade, que devem estar presentes não só no reconhecimento aos pais ou às mães, mas a ambos.
“Deus é Amor” – definiu certa feita o Evangelista João². Em assim sendo, reconheçamos em nosso Pai, nosso Criador, o Amor que presenciamos, por Seu reflexo, em nossos pais, presentes ou ausentes (fisicamente), mas invariavelmente, eternizados em nossos corações.
Feliz Dia dos Pais! Feliz “Dia de Deus”!
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[1] Xavier, Francisco Cândido – mensagem “Dia de Deus” extraída do livro ‘Seara de Luz’, ditada pelo Espírito Emmanuel; Fundação Marietta Gaio;
2 1 João 4:8.