HIGIENE INTELECTUAL

“O Estudo é a única fonte de todo valor intelectual.” (Urânia)

Bibliotecas, hoje, encontram-se repletas de obras de todos os cunhos científicos, de inúmeras concepções religiosas, de matizes filosóficos e esotéricos que mal saberíamos discriminar. Física ou virtualmente, temos acesso a uma gama de teor e ensinamento que exige de nós, por conseguinte, uma depuração daquilo que “deve” e “NÃO DEVE” ser lido.

É que, tanto quanto os escribas de outros tempos, que discursavam suas intermináveis preces, que usurpavam as viúvas com adorações levianas, e que ansiavam por posição social estimada, também hoje temos os escribas modernos, travestidos de escritores enovelados num interminável discurso textual que, ao final, “peneirado” pela razão e inteligência, nada agregou ao conhecimento humano.

Pior! Livros existem – não podemos olvidar – que além de nada acrescentar ao espírito desejoso da iluminação interior para o conhecimento, deterioram e deturpam grandes verdades sublimes, levando o leitor desatento ao lamaçal da teia mental que se torna a sua realidade.

Preciso se faz, por isso, tenhamos grave atenção ao que lemos, ao que vemos, ao que extraímos para a construção de nosso ideal. Não nos coloquemos na passiva condição de “marionetes” conduzidas por um modismo literário, porque bem sabemos que a “moda é passageira”, porém os seus efeitos são marcantes naquele que desposou da transitória influência adquirida.

Assim como escolhemos o alimento a nutrir nosso corpo, é mister saibamos escolher o bom livro que alimentará nossa inteligência, que fortificará nossa razão, que sustentará nossa espiritualidade. Afinal, assevera Emmanuel, o abnegado professor do Alto, por aplicação analógica: “Podereis alimentar o corpo com substâncias apodrecidas?”

Cuidemos, pois, de nossa higiene intelectual, como temos tido o cuidado com nossa higiene corporal.

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