JUVENTUDE IDEAL

“A juventude não é somente um estado biológico. Mas também todo o período em que se pode amar e sentir, esperar e viver, construir e experimentar necessidades novas e edificantes.” Joanna De Ângelis¹

Idealizam os homens, como fonte de juventude, a eterna e infinita renovação das células e órgãos que lhes permitam o gozo daquilo que compreendem como a beleza da vida: a mocidade física. Nesse caminho, investem horas e dias inteiros em terapias de rejuvenescimento, ansiosos por encontrar a fórmula que impeça o natural processo da vida biológica.

Olvidam, esses mesmos homens, a nosso ver, que a juventude ideal está muito além do patamar meramente corporal, físico, portanto, material. Ser jovem, como nos ensina Joanna De Ângelis, está na forma como encaramos a vida; na alegria de estarmos diante da experiência mais bela de todas; na sutil fatalidade do progresso espiritual, imortal, com a rota incessante de retorno para a verdadeira Causalidade, que é Deus.

Por isso, esvaem-se em esforços inúteis, pois ninguém pode relutar, indefinidamente, contra os relógios da transformação celular e perpetuar o estado biofísico. N’outro caminho, a considerar a capacidade de renascimento diário, aí sim, pode o ser humano eternizar-se na jovialidade que tanto almeja.

O grave empecilho, talvez, é que despendemos o precioso tempo na busca da permanência das coisas ilusórias, enquanto estas, bem sabemos, são impermanentes e transmutadas por força do ciclo evolutivo. Lembremos: tudo gira, tudo se transforma, e nada é estático no plano progressista da Criação.

Imperiosa a mudança de ideias e do pensamento humano, a fim de que nossos esforços sejam direcionados para a receptividade de novos valores. Ainda que senis e de idade avançada, podemos guardar em nós o espírito da majestade e da felicidade perene; da esperança para dias melhores; da fé confiante; da caridade piedosa e que satisfaz plenamente. Ou, podemos, é verdade, mesmo que moçoilos, vegetar a degradação da ociosidade, da reclamação, da lamúria e da improdutividade.

Ser jovem ou velho, afinal, não é questão exclusiva de faixa etária; é condição atrelada à faixa mental que refletimos, cabendo a cada um sintonizar, como queira, àquela inerente ao próprio estágio de compreensão da Vida.

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¹ Franco, Divaldo Pereira, pelo Espírito Joanna De Ângelis – Livro “Vida: Desafios e Soluções”, pg. 79.

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