Todos nós, indistintamente, somos dotados de luminosidade espiritual progressista. Cada um traz, consigo, a candeia capaz de clarear o caminho próprio e também o daqueles que partilham a caminhada.
Vez ou outra, contudo, no momento estacionário do desânimo e da ignota vulnerabilidade, ofuscamos essa luz própria e somamos número aos milhares de irmãos que encontram-se palmilhando terreno incerto, terreno obscuro.
Basta refletirmos sobre os talentos natos que muitos de nós somos portadores e não os colocamos em prol do bem geral. Um músico que poderia ser sinônimo de alegria distribuída, vertido em vendedor irritadiço. O vendedor que poderia transferir melhor produto ao anseio comum, desiludido na função de professor. Este, que seria o educador sensato, propulsor de almas ao infinito, transfigurado por murmurão decepcionado com as normas legiferantes da educação.
Olvidamos, às vezes, que fomos criados para sermos felizes. A paragem terrena, por mais dura que possa parecer, é escola oportuna para aprendizado e para o exercício da felicidade.
Devemos, com isso, colocar em prática, em favor do bem comum, e de nós mesmos, os talentos, as luzes de que somos dotados, a fim que não cheguemos ao final desta viagem terrena, decepcionados com a oportunidade transcorrida ao léu.
Citarão uns: outras oportunidades virão. Por certo! Mas quem nos garante as condições de vivência? Quais os talentos de que seremos portadores? Qual família humana nos cercará? Qual cenário atmosférico respiraremos?
Disso sabendo os espíritos luminares – que possuem vasto e largo horizonte – recomendaram de forma categórica e incisiva: não coloqueis a candeia sob o alqueire.
A vida, de fato, é estuante em todos os Universos, mas aos irmãos conscientes de seu papel, invocamos à reflexão sobre o ensinamento imortalizado por Jesus: ‘…brilhe a vossa luz.’ ¹
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¹ Mateus 5:16.