O AZEDUME QUE EXALAMOS

Muitas vezes não nos damos conta do quanto somos capazes de influenciar as circunstâncias em nossas vidas, seja com nossas vibrações, seja com nossas emanações.

Acreditamos que somos sujeitos passivos a acompanhar o desenrolar dos fatos, como se um destino fatal se nos guiasse à dianteira da caminhada. Porém, não é assim que se dá…

Prova clara dessa ocorrência é o azedume que exalamos nas relações sociais. Corriqueiramente, por invigilância nossa, espargimos o fel que nutrimos nas pessoas que nos rodeiam, com exaltações, reclamações, irritações, e toda sorte de despautérios que influem negativamente em todos os companheiros de jornada, como se nos sentíssemos no direito de descarregar o lixo vibratório em desfavor de nossos irmãos.

Pior! Nosso orgulho, seja pelas posições que ocupamos – transitoriamente -, ou mesmo pelos momentos de desequilíbrio, nos dão a falsa impressão de que temos o “direito” de assim procedermos, esquecendo-nos que uma lei infalível está a nos espreitar: causa e efeito.

Por ela – essa lei insofismável -, aquilo que doamos, recebemos; aquilo que vibramos, assimilamos; aquilo que plantamos, colhemos. Ora, e se a semeadura pode ser livre, desde que a colheita seja obrigatória, não há fel destilado e azedume que irradiemos que não nos convide, mais ora, menos ora, a sorver do próprio veneno.

Eis porque Jesus nos recomendou o amor como máxima; eis porque o Mestre nos legou a vigilância, que se estende, senão aos atos do próximo, aos nossos próprios, a fim de que não venhamos a carregar o peso da própria cruz talhada.

De mais a mais, relembramos as singelas e profundas palavras de Francisco Cândido Xavier: somos tão somente vermes rastejantes frente a grandeza do Criador; somos mediocremente poeira cósmica, para nos exaltarmos e ferirmos a outrem, como se “criadores” e “ditadores” fôssemos.

Humildade, pois, é o lema de ordem. Sem ela – a humildade -, quanto mais, ilusoriamente subimos, maior a queda se mostrará…

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