Todos sabemos que a Vida é graça e concessão Divina; pelo que, somente por esse aspecto, deveríamos nos curvar em respeito e gratidão pela oportunidade de vivermos sobre a Terra. Não bastasse, a Vida se reveste de nova chance para a redenção; para o reparo.
Já percebestes que todos nesse mundo passam por provas ou suportam expiações? Percebestes que nesta face terrestre, não há quem se vanglorie de uma paz sublime e totalitária, pois há sempre os que lamentam por um ou outro motivo e, por isso, anseiam sempre a felicidade que reina nos planos celestes?
Basta, à guisa de constatação, abrir os olhos à nossa volta e compararmos com o nosso próximo, para, de tudo, chegarmos ao conclusivo senso da compreensão.
É preciso, pois, compreender que a Vida tem um razão de ser. Estamos provisoriamente constritos a reparar equívocos de outros momentos, jamais nos esquecendo que a lei de ‘causa e efeito’ opera em todos os seres portadores do livre-arbítrio. Bem por isso, se ontem malbaratamos as oportunidades de ascensão, hoje desfrutamos de nova concessão para a transformação moral de nosso espírito.
Não precisamos nos ater, porém, somente ao lado duro e inexorável da reparação que ladeia a expiação e a prova que vivenciamos. Há, ao nosso dispor, por manifestação da vontade que impulsiona os nossos atos, a prática do bem ao próximo. Por certo já ouvimos a expressão: ‘Fora da Caridade não há salvação.’
Se a ouvimos, é imperioso vivenciá-la, já que a caridade praticada na sua quintessência, isto é, com a pureza de intenção que não subjuga nem humilha o próximo, é capaz de aliviar o peso de nossas duras provações.
Repetimos com escoro nas bases fundamentais da Doutrina do Amor: o bem praticado ao próximo é capaz de nos livrar das algemas às quais nos encontramos presos por força dos erros do passado. E, se assim o é, por que motivo as oportunidades são por nós, ainda, olvidadas?
Imperioso, por isso, restaurar sempre o invocativo: ‘Despertai, ó tu que dormes!’
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