ORAÇÃO

“Como o corpo se não for lavado fica sujo, assim a alma sem oração se torna impura.” – Mahatma Gandhi

Como influente defensor do Satyagraha – princípio da não-agressão; forma não-violenta de protesto e meio de revolução -, Gandhi tornou vivo em suas lições que a sua fé somente não se abalou nos percalços vivenciados, porque esteve permanentemente ligado ao ato de orar. Disse mais: “A oração salvou-me a vida”.

Ao longo da história da humanidade, malgrado as diversas formatações de crença, o certo é que o Homem instintivamente sempre acreditou na existência de um ente Supremo, um ser Soberanamente justo, e bom. Daí porque, adaptado à sua evolução temporal, criou rituais e procedimentos de adoração e devoção à Divindade.

Com o advento do Cristo, o Ungido de Deus, há cerca de dois mil anos, consolidou-se a concepção da Unidade Divina preceituada por Moisés e, a partir de então, o pedido dos Apóstolos para que “lhes fosse ensinado a orar”, ganhou aspecto de ELEVAÇÃO, ou seja, comunhão do pensamento da criatura que crê, ao Criador incriado.

Assim, não mais as fórmulas citadas maquinalmente, horas e horas a fio; não mais as preces ditadas sem sentido, sem sentimento, sem compreensão. O Homem, desde então, com a popularização da Lei do Amor e da Paternidade de Deus – preceituadas por Jesus – compreende que o “ato de orar” encerra um momento de ligação com a Força Suprema que rege todos os multiversos.

Ilustrando essa assertiva o Espírito ‘Maria João de Deus’ ¹, na obra “Cartas de uma Morta” ², através da mediunidade de Chico Xavier, ensina que, ao visualizar o plano terreno a partir das esferas espirituais superiores – isto é, de cima para baixo – focos de luz, em inúmeras cores e intensidade, “sobem” a representar as rogativas dos bilhões de seres viventes na Terra.

Buscando analisar e acompanhar a fonte nascente de um foco de luz em especial, de fortíssima coloração, o Espírito Maria João de Deus dá-se conta de que era originário de uma mãe que orava em prantos ao Criador, suplicando o amparo do Alto para o filho que se encontrava em caminhos transviados.

Essa ilustração, por óbvio, dá-nos conta de que a INTENSIDADE, a FÉ, o FERVOR, e a sincera INTENÇÃO da prece, ou oração, ou rogativa – como queiramos nominar o ato de devoção – é que serão levadas em consideração pelos Mensageiros espirituais, encarregados de analisar os nossos pedidos, em justiça ao nosso merecimento.

Eis porque o Cristo, sublime Espírito que vivenciou o Amor como lição à Terra, orava ao Pai de todos nós, ensinando que somente venceremos as aflitivas e probatórias condições terrenas, se nos envolvermos com o manto da Oração, que ELEVA nossos espíritos acima das misérias passageiras.

Como Ele, assim, Oremos…

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[1] D. Maria João de Deus foi a mãe de Francisco Cândido Xavier, notoriamente conhecido como Chico Xavier;

² Xavier, Francisco – Cartas de uma Morta, pelo Espírito Maria João de Deus. Trata-se da primeira obra psicografada por Chico Xavier, porém a segunda a ser publicada.

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