REENCONTROS E DESPEDIDAS

Algumas pessoas passam por nossas vidas e fazem questão de deixar o rastro de luz marcante de seus ensinamentos sublimes. São tais os amigos, almas em sintonia, pedras que se reencontram por afinidade para se entreajudarem na caminhada evolutiva.

Para esses, basta um olhar, um gesto. Pensamentos na mesma frequência, dissipando divergências, arestas, tal como se a melodia soubesse o verbo que a letra vai musicar.

Cessados, contudo, os compromissos programados, dizem ‘até logo’, um simples ‘até mais’ e, alguns deles, para não sentirem a tristeza em nosso olhar, nem mesmo se despedem, pois estão certos do novo encontro que chegará em momento ligeiro.

Assim, rotineiramente, reencontros e despedidas se renovam, mostrando-nos que a força do amor brota da união, do feixe de almas que resulta na maior energia que vige no cosmos.

A lição que converge é sempre oportuna, e refletimos, serenos, que o momento da partida é, também, momento de avaliar o quanto estamos valorizando as almas que nos são presenteadas no convívio desses reencontros.

Amar sem condições impostas; compreender sem censurar; sorver a pureza que exala das alegrias mais simples; deixar-se envolver na irradiação do afeto sublime, pois o momento do reencontro é também momento que se converte, sorrateiramente, em despedida.

Dirão alguns que poderemos pedir notícias ‘do mundo de lá’; até poderemos, mas é que, às vezes, o ‘telefone fica mudo’ e a angústia vem apressada para nos contrariar.

Compreendamos, afinal, que amigos, pais, irmãos, almas afins… vêm e vão, e nessa incessante migração de espíritos, sempre feliz é aquele que sabe louvar o que recebe, e que desfruta, no tempo da convivência, a verdadeira Lei Divina que nos concede, a todos, o PRESENTE.

A Deus sejamos, por isso também, sempre gratos (nos sunt grata semper).

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