Quando adentramos, com os olhos e o coração abertos, as páginas laureadas de fino sentimento que compõem o livro Boa Nova, de autoria do Espírito Humberto de Campos, deixamo-nos enlevar para contemplar novos valores, em contrapeso aos que ainda estão arraigados em nosso íntimo.
Tomé, que é o reflexo fiel de muitos de nós, adeptos do Cristianismo redivivo, ansiava por um sinal dos Céus, como que em materialização, para provar a outros a realeza do Messias, e a comprovar, a si mesmo, que o mundo espiritual existia e preexistia.
No entanto, o discípulo de fé em construção presenciou amargamente as lições de Jesus ao adverti-lo que o verdadeiro sinal dos Céus está no completo sacrifício de nós mesmos.
Inda assim, após a crucificação do Cristo, Tomé desejou tocar-lhe as chagas, racionalizando, friamente, que só o palpável lhe preencheria o entendimento.
Tomé, Tomé! Quantos de nós, em verdade, ainda somos assim, como o apóstolo em referência? Quantos ainda buscamos as provas divinas para dilatarmos nossa crença?
Mas a fé que vacila é qual edifício em trincas, apto a ruir e desmoronar a qualquer instante…
Estamos, em tempos do Consolador Prometido, convidados, por isso, à fé mais ampla, mais viva e robusta que, malgrado nossas vicissitudes, permite concebermos que é no trabalho edificante do coração que encontraremos os sinais almejados para adentrarmos o Reino dos Céus.
Eis porque Humberto de Campos, o Espírito Evangelizado da Boa Nova, asseverou: “… o martírio do coração que ama se reveste de misterioso poder.”
——-