TESTEMUNHOS

Todos nós que buscamos a rota da elevação espiritual, do discernimento para o pensamento, e do equilíbrio de nossas ações em conjunto com os ensinos mais nobres da doutrina cristã, devemos, por nosso turno, conceber que cedo ou tarde, apreendida a lição, seremos convidados a dar o nosso próprio testemunho. Não há opção…

Na seara de Jesus, não nos é lícito rogativas em vão e não nos é concedido o aprendizado teórico sem a necessária vivência como forma de provar, em nós e por nós, a efetividade do ensinamento.

Por isso, a assertiva do benfeitor espiritual Emmanuel, sempre invocado pelos sedentos do saber, faz-se oportuna: “Quanto mais claro se faça o raciocínio, mais alta a nossa dívida para com as sombras. Quanto mais sublimes as nossas noções do bem, mais imperioso o dever de socorrermos as vítimas do mal”.¹

Isso mesmo, não há privilégios. Se teorizamos o perdão, o Amor, a fé, e as virtudes sem-número, na hora prevista pelo calendário divino, seremos convidados a expô-las no sentido vívido com o próximo.

Relembrando, a exemplo, o apóstolo Pedro, fundador da igreja do Cristo, refletimos que ele mesmo, embora tenha sorvido a lição e convivido com o Sublime Enviado, fora convocado a testemunhar o aprendizado. Ao negar Jesus, fora sequenciado ao tormento e ao arrependimento. Pós isso, clamou misericórdia e palmilhou, dolorosamente, o caminho da ascensão espiritual, provando e vivendo, nele mesmo, a essência da fé, do perdão, da esperança, da caridade e da Espera, até que o martírio findou-se com a crucificação, cabeça abaixo.

Não busquemos, diante dessa constatação fatal, olvidar o percurso necessário com o afastamento das nossas obrigações e lapidações morais. Não adianta recuarmos ante o convite da transformação, pois, se assim o fizermos, não nos será dado esquecermos, de outra vez, que a dor é o buril mais severo para nossa recondução ao caminho da ascensão moral.

Façamos, assim, o que nos compete, por Amor, ainda HOJE.

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[1] Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Assim Vencerás, Cap. 19: ‘Na Representação Cristã’.

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