UM OLHAR DO ALTO

Nos momentos de sofrimento, insegurança, incerteza e desequilíbrio, não faltam aqueles que lançam, ardorosamente, o combustível na fogueira. Engrossam, com isso, a fieira da desarmonia, e toda fonte do mal, para eles, é motivo de alegria alvissareira.

Tristes e infelizes, contudo, são estes que compartilham das ideias malignas e que se tornam presas da invigilância espiritual, pois desatentos ao movimento invisível que conclama, a todos, à renovação.

De fato, não devemos olvidar que somos chamados à evolução, e o momento sinaliza, com maior gravidade, que o cume dos tempos é chegado.

Não é necessário profetizar para compreender que a nódoa que tinge a vestimenta está ficando mais e mais evidente; que as intenções ocultas que geram o mal-estar social em proveito das particularidades estão com os momentos contados. Mas é preciso, por outro lado, ter maturidade para não misturarmos o joio ao bom grão.

Cada ser, em si, é responsável por seus pensamentos e suas ações, ou omissões. Cada um de nós, também, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz ou infeliz.

Na convergência das pretensões e do difícil momento, faz-se imperioso elevarmos os olhares para o Alto, a fim de, humildemente, reconhecermos que nada ocorre sem que a Divindade o permita.

Fomos chamados ao combate, mas é necessário refletir que o bom combate não se faz com violência gratuita que reflete a maior ignorância; não se faz com a ínfima expressão da inconsciência; não se faz, enfim, com o hasteamento de uma falsa bandeira enlutada.

O Brasil, ‘Coração do Mundo, Pátria do Evangelho’¹, nos conclama a tarefa consciente, prudente, a fim de que unamos nossas ações para aplicação da Justiça, sem que, com isso, manchemos nossas mãos com o sangue que compromete e impõe o sofrimento consequente da trevosa expiação.

Guardemos a espada, pois! ²

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¹ Xavier, Chico – Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo espírito Humberto de Campos;

² Mateus – 26:52.

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