Bill Gates, um dos grandes gênios da informática que revolucionou o cotidiano de bilhões de pessoas no mundo com seus programas de computador, é também reconhecido por sua filantropia em favor dos mais necessitados.
Quando tomou conhecimento da precariedade das condições em que os pobres da África se encontravam, por exposições à falta de higiene que provocava a morte por diarreia; quando defrontou com a poliomielite que paralisava a tantas criaturas miseráveis, sem acesso a medicamentos; e, quando, igualmente, constatou que as fontes de energia utilizadas pelo homem impulsionavam o desequilíbrio climático evidente… investiu considerável fortuna material na solução destes problemas.
Em todos os processos de resolução, no entanto, foi fortemente combatido e, nos mesmos projetos propostos para auxílio à humanidade, foi excluído em proveito da política egoística ou ignorante dos homens que ocupam postos de governança.
Após esses ‘rounds’ em que se viu atordoado, Bill Gates foi questionado acerca dos insucessos e se não deveria desistir, já que não obtivera, até então, êxito nas suas demandas humanitárias. De forma surpreendente, Bill respondeu: “_Não devo desistir; devo trabalhar mais.”
* * *
Na seara religiosa à qual nos ligamos, é bem peculiar o fato de que muitas vezes desistimos do bem, e do amor pelo bem, por encontrarmos salientes percalços que dificultam nossa marcha. Desistimos, é verdade, com as justificativas sonoras, de que o “mundo não tem conserto” e de que devemos “entregar para Deus”.
Ocorre que não nos atentamos a um ponto que pode ser invocado à reflexão se analisarmos o que fora vivenciado pelo filantropo Bill Gates. Ora, poderíamos imaginar nossa jornada existencial se Jesus houvesse desistido de nós? Se Deus se deixasse levar ao desalento ante nossos graves equívocos? Se os anjos guardiães justificassem falta de ânimo para nos tutelar o caminho?
Não… sabemos que isso não é concebível. Eles jamais desistiram ou desistiriam de nós. Eles, disse Jesus, “continuam trabalhando…”, incansáveis, a fim de que o Amor triunfe.
Nesse contexto, somos convidados a perseverar na batalha da Vida, encorajados pelos exemplos que nos são dados pela própria humanidade para, ao final, dizermos: “_Não mais desistiremos; não mais abandonaremos a luta. Estamos renovados e sempre que nos for necessário, trabalharemos mais; amaremos mais; ainda que seja, apenas, um tanto mais”.