É de avaliarmos, com a fé raciocinada que a Doutrina Espírita nos propõe, o poder magnânimo, o magnetismo mágico, a presença sublime de Jesus e a sua maravilhosa capacidade de conversão dos corações.
A história da humanidade, em seus dois últimos milênios, atesta a veracidade de nossa afirmação…
Percorrendo os anos vividos, vamos encontrar Maria de Magdala, antes envolta nos prazeres com os patrícios de sua época, indo ao encontro do Cristo para renovar-se naquela que viria a ser sua discípula, sua apóstola, e a primeira a rever o Mestre após sua desencarnação, em Espírito.
Não distante desse quadro, temos também o publicano Zaqueu, que embora baixo em estatura, subiu ao sicômoro para encantar-se com a fisionomia daquele que viria de ser o seu conversor, o marco redentor para a sua vida.
Um pouco após, reconhecemos a vertiginosa mudança de um doutor da Lei, de nome Saulo, da cidade de Tarso, alterando-se de implacável perseguidor dos cristãos em repaginado pregador da Boa Nova, refazendo-se, o homem agora novo, em Paulo, o pequenino.
Também nosso tempo foi testemunha das ações virtuosas de Jesus, senão em conversão somente, mas em estímulo incansável para o trabalho no Bem comum.
Que não diria Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, após seu diálogo inolvidável com o Meio Nazareno?¹ Bastou o encontro espiritual, na visão inesquecível, para que Eurípedes nunca mais deixasse de se dedicar, infatigavelmente, em prol dos doentes, dos necessitados, dos obsessos… por amor à humanidade, e a Jesus.
Não é difícil, então, notar o poder transformador que o Enviado de Deus é capaz de operar no espírito humano. Ele, Jesus, espera de nós, para a comunhão perfeita, apenas o ensejo e a boa vontade para a sua cirúrgica instrumentação.
Abramos, pois, nossos corações ao clarão do novo tempo; renovemo-nos em fraternidade, e deixemos que o Pastor Amigo nos conduza de volta ao rebanho redimido, retirando-nos, por fim, dos precipícios dolorosos entre os quais, muitas vezes, nos encontramos.
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¹ XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Hilário Silva. Livro, A Vida Escreve, capítulo “A Visão de Eurípedes”.