“Ave Maria! Senhora
Do amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!” Amaral Ornellas¹
Mãe Santíssima, divina Rainha dos Anjos, aprendemos nas letras do alfabeto misericordioso que o “Dia das Mães é o Dia do Amor”.
Compreendemos, ainda, ó Virgem dos Céus, que a vossa missão sublime, ao trazer para o mundo o Cordeiro de Deus, contabilizou nova era para todos os seres humanos, gravando em cada consciência que somente a Caridade nos elevará para os Reinos de paz e de alegria infinitas.
Mas os vossos passos, nossa Mãe, não findaram com a ventura da manjedoura, ou com o glorioso nascimento de Jesus. Não! Em vós, extraímos os valores que o Espírito precisa cultivar em si para caminhar aos cimos da Bem-aventurança.
Antes mesmo de dar à luz o Menino Divino, ensinaste-nos a Fé inquebrantável nos desígnios de Deus, quando asseverou ao Anjo Gabriel, sem balançar as emoções, após ouvir que seria mãe do Messias: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”.²
E vós, a serva de Deus, prosseguistes na educação maternal, na condição de esposa e companheira, na labuta silenciosa e operante do Bem, exemplificando a todos que o Lar é a Oficina primordial para a lapidação do coração humano.
Embora surpreendida inúmeras vezes com as predições de vosso Filho, de que chegaria o Seu tempo para o advento do Amor na Terra, alçastes a coragem para testemunhar as afirmativas ditadas ao Anjo Gabriel, em obediência ao Pai.
Assim, no martírio de todos os martírios, aos pés da Cruz que de forma impiedosa elevou o corpo do Santo dos santos à morte física, chorastes as lágrimas da dor. E, ali mesmo, entre a turba demoníaca de algozes que não compreendiam o sofrimento reparador que os aguardava, iluminastes com resignação a ressurreição de seu Filho, afirmando, uma vez mais, vossa submissão aos ditames do Criador.
De coração dilacerado, prosseguistes. Lutastes ao lado de João, o discípulo amado, cuidando dos leprosos, mendigos, e tantos outros deserdados do mundo. Amastes muito, vivenciando o Evangelho e sendo a “mãe dos filhos de outras mães”.
Por isso, ó Rosa Mística, no Dia das Mães no mundo, venho vos pedir que veles pelas mães dos filhos que também são vossos. Ajude-as na compreensão da missão sublime da maternidade. Coroe seus corações para a renúncia que dá virtudes. Estimula seus espíritos na edificação do Lar e do Matrimônio.
Mas, sobretudo, Mãe Santíssima, revela-lhes que a condição de mãe está, acima, muito acima, no sentimento generoso de mulher, que aceitando a semente divina em seu seio acolhedor, faz florescer, para o mundo, os lírios do progresso e do Amor no coração dos seres.
Eis, a nossa súplica, Rainha de todos nós, os pecadores.
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¹ Parnaso de Além-Túmulo, Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos, FEB.
² Lc 1:38