Não! Não se trata de artigo científico voltado à Biologia. O que nos importa, aqui, é fazer correlação entre o conjunto de pigmentos responsável pela coloração verde das plantas, a visão espiritista e o que a natureza, em sua experiência sublime, tem a nos ensinar.
Sabe-se, graças a Biologia, que: (i) a intensa cor verde da clorofila deve-se a sua enorme capacidade de absorver a luz; (ii) que devido a sua tendência de mascarar a presença das cores de outras substâncias, como os carotenoides, a cor predominante é o verde; (iii) que conforme a quantidade de clorofila presente nas plantas diminui, as outras cores começam a aparecer, como se percebe em maior clareza no outono, em que as folhas das árvores mudam de cor.¹
Para a vivência do Espírito, a seu turno, extraímos grandes lições.
(i) À medida que a alma avança, progride em seu caminho, alçando das trevas para a luz, aumenta sua capacidade de absorção do conhecimento e entendimento das grandes verdades. É nesse estágio evolutivo que se diz que o véu foi descerrado e a luz se fez, extirpando a ignorância que até então sobrenadava.
(ii) Mascarando outras cores, isto é, colocando em evidência não os nossos defeitos, as nossas imperfeições, as nossas ruínas morais, mas, ao contrário, as nossas virtudes, os nossos talentos, temos a capacidade de fazer predominar em nós o ‘homem bom’, o caráter geral para o bem; razão inexorável de nossa condição de alma para o futuro.
(iii) Por sua vez, diminuindo as nossas cores, afastando os holofotes das atenções mundanas em nossas vidas egoísticas, permitimos que outras almas brilhem e formem a beleza do conjunto que reluz por todos os recantos, em todas as estações.
Vemos, com isso, meus irmãos, que as lições Divinas não estão somente nos livros teóricos e catedráticos, de forma que a escola da vida, gerada incessantemente pela Mãe Natureza, é fonte inesgotável de sabedoria. Basta, a nós todos, perscrutar.
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¹ http://www.todabiologia.com/botanica/clorofila.htm