Basta-nos um átimo do pensamento e, ante a soberba do homem na Terra, assombramo-nos, ainda, com a sua capacidade em produzir o mal; fruto de séculos incontáveis na barbárie e ignorância arraigadas.
Mesmo com a passagem de inúmeros, incontáveis, mártires que a humanidade se viu agraciada pela misericórdia Divina – dentre os quais o Sublime Cordeiro é o Excelso exemplificador do Amor, do Belo, do Justo…– vemo-nos longe do efetivo exercício da lição redentora.
E a pergunta a ecoar no atemporal é: Até quando seremos insipientes para com a Lei Divina, malgrado ela vibre intimamente em nossas consciências?
Até quando homens e mulheres de bem serão vítimas de torturas, de sofrimentos, de criminosas maquinações egóicas, para atender governos déspotas e arbitrários?
Até quando crianças, idosos e incapazes passarão fome, sede, sofrerão doenças, por não haver uma digna distribuição de recursos, efeito de banditismo e corrupção?
Até quando, meu Deus, o homem que se diz intelectual, letrado, dito conhecedor das ciências, olvidará os compromissos assumidos no plano espiritual para pôr em prática o processo de auto moralização e contribuição do progresso geral?
Até quando, enfim, sofreremos os efeitos de nossa própria omissão, pois que nossos olhos fitam a penumbra indefinida e nossos atos a paralisia da incapacidade, da fragilidade em mudarmo-nos a nós mesmos e, então, auxiliarmos na mudança do mundo?
Perdoa-nos, Senhor, a treva que nos cobre o Espírito e domina nossas inclinações ao desditoso caminho que ora palmilhamos…
Contudo, Pai de Infinita justiça, concede-nos, ante a eternidade que nos avista, o despertar através do arrependimento sincero, do reparo à dor que causamos… Permita-nos a regeneração ante a expiação e a provação que burilam o Espírito… pois, se junto a Ti volveremos um dia, bem sabemos que não o faremos sem que o último “til” e o último “iota” estejam, definitivamente, pagos.
Alça-nos, dessarte, Pai de clemência, das sombras desde outrora, à redenção plenificadora, a partir desta hora.
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