Nos extremos lances de nossas vidas inúmeras são as ocasiões em que somos invocados a demonstrar a nossa fé: momentos de angústia, desolações, decepções, tormentas que nos levam aos prantos e ao ranger de dentes. As provas são tantas…
O sofrimento escoa pela nossa face em forma de lágrimas que expõem a nossa fraqueza, a nossa humílima condição de seres em busca de proteção, de amparo e de acolhimento providencial.
Nosso espírito se mostra despido de toda couraça material, e os nossos bens, a nossa coroa, a nossa casta, a nossa posição profissional, não são capazes de nos abrandar a tormenta.
Surge, nesse momento, um átomo de luz em nossas consciências e nos damos conta de que uma força superior rege a tudo e a todos, capaz de aliviar nossas dores e amargores: é DEUS.
Voltados a essa Sublime Virtude, colocamo-nos genuflexos, em silêncio, e no recolhimento dos nossos pensamentos oramos a Ele pelo alívio de nossa cruz. Rogamos com todo fervor, e as nossas súplicas são conduzidas em feixes de luz aos páramos do infinito.
Então, Ele que é Pai, e escuta o que pede sinceramente o nosso coração, nos banha com a Sua presença, e ilumina nosso espírito com o restabelecimento da coragem para o enfrentamento das provas e expiações. Aí, renovados, uma vez mais nos postamos de pé, aptos a continuar a senda que dulcifica o ser temente.
Ao avistarmos o alvorecer, já resignados, olhamos ao nosso redor e O reconhecemos em tudo. Dando graças, dizemos: ‘DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! Com Jesus, quando ora: “PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS…” Ou com os anjos, quando cantam: “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS…”¹
Aleluia!
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¹ Texto inspirado na canção ‘Quando Eu Quero Falar com Deus’, de Roberto Carlos, e na Prece ‘Deus’, do insigne Mestre Eurípedes Barsanulfo [1880-1918].