Os combates diários da vida asseguram que nos encontremos, face a face, com as mais rudes provas. Não raro, defrontamo-nos com perseguições, com ingratidões, com benefícios inglórios, com ‘amigos alheios’, e com injúrias desairosas que visam desestimular-nos a marcha da ascensão que viemos palmilhar.
Não são poucos, é verdade, que maltratando a si mesmos, regozijam-se em maltratar o próximo, como se a alegria íntima fosse ver a falta de alegria que esparge do próprio coração.
Mas, sabido é, são enfermos da alma, irmãos tão carenciados de valores espirituais, que o orgulho e o egoísmo – chagas ainda patentes – impedem-nos de ver além do que lhes é materialmente purulento.
Não nos prendamos, no entanto, a este cenário transitório, embora doloroso a todos que se sensibilizam e apiedam-se dos arraigados à ignorância moral.
Paulo, o Apóstolo convertido ao Amor, propagador incansável e leal, ainda ressoa sua vibração luminar em nossas consciências que devem se afinar com os valores ‘de cima’: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vencei o mal com o bem”, disse o pregador do Evangelho de Jesus. (Romanos 12:21)
N’uma palavra: PERSEVERAR. Persistir e continuar; caminhar com suor e lágrimas; suportar para se elevar; santificar o verbo ‘Amar’ e ostentar a humildade santificadora. Eis o que levou Francisco de Assis às súplicas do SERVIR: “Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o Amor…”
A luta é incessante. A vigilância, permanente. A oração, comunhão renovadora. A consciência, a bússola norteadora…
Mas na batalha tantas vezes espinhosa, não nos deixemos vencer pelo mal. Não nos abstenhamos do Amor em nós, se os outros ainda não conheceram a pálida luz da Força Unificadora. Sejamos Luz por onde passarmos, mesmo que as trevas escamoteiem o intento do Bem, pois o Cristo exortou-nos à própria luminescência ao dizer: “Brilhe a vossa luz.”
Com isso, meu amigo, a Ti, as alegrias verdadeiras, que são as alegrias da Tua alma.