“Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe para que não caia.” – Paulo (I Coríntios 10:12)
A advertência do apóstolo dos gentios ressoa pelos tempos e é dirigida a cada um de nós, que visamos a caminhada de ascensão espiritual.
Nos passos da Vida imortal, é crível que muitas vezes estivemos caídos, com mãos estendidas, suplicando amparo e socorro. Rogamos, nessas desditas, o auxílio e, como a misericórdia divina não desampara a ninguém, fomos acudidos, atadas foram as nossas feridas, até a cicatrização.
Com isso, mesmo a duras penas soerguemo-nos, levantamo-nos, e, como soldados renovados, colocamo-nos em pé, à altura do bom combate.
Mas a lembrança de Paulo de Tarso é convite à vigilância contínua, pois mesmo aquele que hoje encontra-se em pé, na luta, não deve olvidar que por circunstâncias inúmeras, pode tornar a cair.
Pobre do homem que ainda não concebeu sua mísera condição terrena! Infeliz é aquele que não se viu, ainda, como falível dentro do atual estágio evolutivo!
Por certo, enquanto não galgarmos os degraus da escada de Jacó, isto é, enquanto não atingirmos os cimos da espiritualidade maior, poderemos padecer pela nossa incúria, ou pela tormenta que assola e agita o mundo em que vivemos.
Isso, porém, não deve servir de desestímulo a nenhum de nós. A advertência paulina é tal qual o conselho de amoroso pai que almeja ver o filho atravessar o pântano nodoso e vê-lo vitorioso, ao perpassar pela lama.
Demais, coloca nosso espírito em grau de necessária humildade, pois sabendo que não nos livramos da impureza que tomba o guerreiro, mantém-nos na posição de seareiros que lutam, perseveram, e esperam, confiantes, a Graça do Senhor.
Ouçamos, pois, a Paulo, e se já nos encontramos em pé, cuidemos para não mais cairmos.