“Se você começar, outros vão te acompanhar…”¹
O amigo leitor já se deu conta – ou parou para refletir, antes – de que muito poucos são aqueles que inovam no comportamento, no ensinamento, nas produções artística e literárias, ou mesmo nas condições da vida diária?
É fato concreto, se bem analisarmos, que somos uma multidão de seres viventes sobre a Terra que acompanhamos ou seguimos, via de regra, piamente, as lições e orientações que recebemos, desde o berço familiar, até a senilidade que precede ao desencarne. Nesse sentido, se não somos daqueles seres especiais – sob o ponto de vista messiânico – que inovam na reforma do pensamento humano, temos séria propensão a copiar ou reproduzir o que os outros fazem.
A grave questão não é “copiar” o ato que nos é ditado como modelo, mas sim “o que copiar”, pois numa Terra onde todo mundo quer ser – e pode ser – autor da vida, é necessário delimitar que a vida sobre a qual temos relativa autoria, é a nossa própria.
Ora, a autoria é relativa pois há uma força superior que rege a tudo e a todos, contudo, a cada qual é concedido o livre arbítrio – consequentemente relativo – para gerir a vida numa linha de progresso ou estacionamento. Daí a importância de avaliarmos os “exemplos que estamos seguindo”, os caminhos que estamos trilhando, os passos que estamos palmilhando. Pois, se a “chama” que clareia nosso caminho não passar de relampejo de vaga-lume, é certo que ainda não descobrimos que a luz do sol é infinitamente maior.
No mesmo caminho, se os “homens” aos quais partilhamos as ideias e ideais, são de limitada concepção altruísta, não esperemos estar em condição diversa da maioria da população que campeia da mesma ordem de pensamento, e mantém-se presa ao atoleiro da ignorância.
Indaga-se, então: Qual caminho seguir? Qual bússola portar? Quais exemplos edificam?
O caminho a seguir – propomos – é o Daquele que se pôs em holocausto pela salvação e ressurreição da humanidade; Aquele que reduziu mandamentos a condutas de amor ao próximo; que ensinou e vivenciou virtudes imortais para a alma que busca o progresso infinito; O Cordeiro, O imaculado, O eterno Amigo que se fez O Divino guia de todos nós.
Ainda assim, cabendo-nos, a cada qual, a eleição daquilo e daquele a quem seguimos, findando mais um estágio concedido pela Providência Divina, talvez seja prudente, em tempo e modo, fazermos criteriosa análise do exercício dos talentos que nos foram confiados, jamais nos esquecendo que, em matéria de exemplo, somos responsáveis pelo que absorvemos em nós, pelo que geramos nos outros, e, enfim, pela edificação de todos.
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¹ Texto inspirado na canção “A PAZ”, de Michael Jackson, versão de Daniel, disponível em Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=1JRRIg5ghFQ