Sentimento nobre que revela a humildade em nós e reflete o reconhecimento em outrem por tudo aquilo que recebemos como auxílio para nossa caminhada evolutiva.
Dirão uns: – Humildade? Responderemos: – Claro! Acaso a consciência de que necessitamos uns dos outros para nosso crescimento e que, igualmente, há Algo muito superior a todos nós, não é virtude que caracteriza a humildade?
Por isso, eis o momento oportuno, o Hoje, para reconhecermos que somos pequeninos seres que nos devemos uns aos outros, tal como devemos a Deus, a nossa condição existencial.
Meus irmãos! Dia após dia levantamos estátuas àqueles que nos precederam na grande jornada; fixamos placas de glorificação a homens que reinam muito acima de nós – ou jazem muito abaixo nas trevas da decepção. Olvidamos, contudo, de sermos gratos, Hoje.
Sermos gratos ao Pai pela dádiva da vida e pela concessão misericordiosa da eternidade de nosso espírito. Sermos gratos a Jesus, pelo Amor derramado sobre esta terra de dor e sofrimento. Gratos aos espíritos guardiães que nos envolvem no ‘manto de luz’; aos pais que nos permitem herdar o invólucro material; aos amigos que dividem sonhos; aos cônjuges que edificam lares; aos irmãos e companheiros de jornada que nos ‘dão os ombros’ para apoiar; aos educadores que não se limitam a formar ‘homens’, mas que aceitam a missão de ‘lapidar almas’.
Gratos – por que não? – aos espíritos inferiores; aos que nos desejam o mal; aos invejosos, caluniadores, propagadores da intemperança e do desequilíbrio. Nesses, temos o exemplo daquilo que não devemos ser, daquilo que não devemos seguir, mas da oportuna ação para o amor incondicional.
Afinal, na prece imortalizada por São Francisco refletimos: ‘…Ó MESTRE! Fazei que eu procure mais…amar, que ser amado… Pois é dando que se recebe…’.
E, por tudo que temos recebido, não aguardemos o post mortem para sermos gratos. O momento, o Hoje, é, não por acaso, um Presente.
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