Quando os ciclos prenunciam a renovação, nessa constância do progresso que tanto almejamos – ainda que no íntimo de nossa alma -, é sempre oportuno fazer uma ‘lista de desejos’, a fim de que tenhamos foco, tenhamos meta, tenhamos um caminho a perseguir. Isso auxilia-nos, pois o ‘carro desgovernado’ nunca sabe onde vai parar; ao contrário, aquele conduzido pelo motorista sóbrio, consciente, tem sempre maior chance de chegar ao destino com segurança e bom êxito.
Cada qual, assim, alinhado com seus pensamentos e sentimentos, anseios e desejos, poderá rascunhar seus intentos… Uns, pedirão maior salário, uma melhor residência, uma viagem para conhecer os encantos nas variadas regiões de nosso planeta; outros pedirão um cargo de status e autoridade, um matrimônio com segurança patrimonial, um casamento empresarial que garanta os proventos no cofre da velhice.
Somos de opinião, contudo, que há outros itens que precedem o aspecto material e carecem de maior dedicação de nossa parte. Afinal, estes “outros bens” a serem listados, quase sempre esquecidos no desejo do aquinhoamento, têm revelado o motivo de termos uma sociedade tão desalinhada em seus valores.
Quiçá, então, possamos desejar e listar, para o novo momento que está anunciado:
. Nas relações sociais, mais ética;
. No comportamento pessoal, a virtude incorruptível da moral;
. No contato com os amigos, a solidez da segurança e do entendimento;
. Na lida diária com a parentela consanguínea, a compreensão e a temperança;
. No ensino ao aluno, a persistência, o esforço, e a afabilidade da instrução;
. No meio dos que “erram feio e bastante”, a solicitude da presença e misericórdia de Deus;
. No trabalho fraterno, o desinteresse absoluto e a entrega d’alma;
. No estudo intelectual, a consciência de que o Amor tem mais valia;
. No labor com o próximo, a convicção de que somente a Caridade nos dará a salvação;
. Na vivência religiosa, a fé, a esperança, e o Cristo como guia e modelo…
Enfim, sem a pretensão de que seja ela terminativa, é sempre bom listarmos nossas intenções para um porvir melhor, na paz da experiência vivenciada. Porém, preciso é que avancemos no intento e não fiquemos no “rabisco” da projeção. É mister desejar, pontuar, planejar, mas, sobretudo, AGIR conforme as nobres concepções.
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