No exercício de nosso livre-arbítrio temos relativa autonomia para decidirmos as ações que exteriorizamos. Podemos, com isso, tomar decisões que interferem em nossa rotina, em nosso dia a dia, como se fôssemos senhores de nós mesmos.
Dissemos, em realce, ‘relativa autonomia’, pois é imperioso esclarecer que a liberdade de que desfrutamos, enquanto espíritos encarnados, não é absoluta. Reina, triunfante, acima de nós todos, uma Lei Divina que está inscrita em nossa consciência e, abaixo dela, entre nosso círculo social, uma lei humana que também deve ser respeitada, sob pena de supliciarmos as consequências de causa e efeito.
Assim observado e, voltando ao exercício do livre-arbítrio dentro da relatividade da qual gozamos, o homem precisa conscientizar-se de que o caminho enveredado e hoje trilhado é resultado do primeiro passo dado.
Então, num juízo sincero, se nos encontramos em condição transitória de colheitas amargas, é mister avaliar o passo de origem, a causa que nos levou a esse estágio. E, além disso, o quanto contribuímos, em virtude de nossa recalcitrância, para o agravamento.
Realizado o diagnóstico, sem o desespero que em nada auxilia, há sempre a oportunidade de um novo começar. Ciente disso foi que o iluminado médium espiritista, Chico Xavier, imortalizou em letras atemporais: ‘Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.’
Seja qual seja o estágio em que nos encontramos nesta existência, é um alento para nosso espírito compreendermos que podemos começar de novo. Não devemos, embora a concepção de novas chances, retardar o trilhar de um novo caminho. Afinal, não sabemos quais intempéries virão…
Claro, por sua vez, que toda mudança de rota exigirá de nós o ímpeto, a persistência, a vigilância e a confiança para não nos perdermos novamente da senda do bem. Contudo, dado o passo certo, toda aquela falange de abnegados irmãos fará coro a nos amparar, a nos partilhar a caminhada de ascensão.
Então, façamos nossa parte, e o Alto nos secundará.
——–