“I have a dream…” – Martin Luther King Jr
O ano de 1963 foi, de fato, um ano profético. O ativista político americano Martin Luther King Jr bem sabia que o seu discurso pela liberdade, pela justiça, pela igualdade, a partir daquele momento, ressoaria pelos tempos, e a tão almejada união de raças – fruto da luta de inúmeros pacifistas -, seria alcançada. E, se ainda não é uma realidade em todos os cantos do globo terrestre, temos certeza de que será; os fatos e o progresso da civilização nos provam isso.
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O sonho do, então, pastor protestante batista merece, inda hoje, ser reavivado em nossos corações; senão pelo ideal de liberdade que em muito já avançamos, mas, pela singeleza e verdade que paira sobre os sonhos que motivam os nossos passos na Terra.
Ora, quem é de nós que não nutre no imo d’alma o anseio de uma felicidade sublime? De paz nas relações humanas? De fraternidade entre todas as nações? De solidariedade para suprimir as misérias humanas? Enfim, da real e desinteressada caridade, a fim de que os que podem menos sejam amparados pelos que podem mais?
Os dias atuais, que parecem passar céleres, nos advertem sobre a necessidade de reavivarmos os sonhos que impulsionam ideais. Sonhos que um certo galileu, um nazareno a quem chamamos Jesus e que aqui esteve há dois mil anos, fez florescer em nossos Espíritos, para que o Amor e o Reino de Deus venham a se tornar realidade em nossas vidas. Sonhos onde a discórdia não exista, onde o bem triunfe, onde o materialismo não reine mais…
Todos nós temos sonhos… e precisamos sonhar – e lutar – para que a união seja reinante entre todos os povos; que as religiões sejam irmãs na crença dos princípios básicos; que as lições de Jesus, em especial no que toca ao amor ao próximo, se tornem uma Verdade; que todos as lições e exemplos dos homens e Espíritos de bem sejam, um dia, concretos, e o nosso planeta seja, também, um mundo essencialmente feliz.
Porém, de todos os nossos sonhos um há de nos inspirar a suprema condição para viver: o de nos tornarmos melhores como seres humanos, a fim de que um dia, saibamos amar, tão profundamente, como o Mestre nos amou.
Quando esse dia chegar, teremos saído do plano dos sonhos para, afinal, vivermos no reino prenunciado por Ele. Até lá, mantenhamos, viva, a chama de nossos sonhos.