Qual de nós não deteve o passo na jornada, postergando para depois a evolução e o progresso, pois que se deixou paralisar por obstáculos que precisavam ser transpostos?
Qual de nós, assim não fez, olvidando que além das turbulências transitórias existia a luz que ansiávamos, mas, naquele momento, deixamo-nos enredar pelo engodo das forças de treva, que nos detiveram a marcha?
Infelizmente somos forçados a reconhecer que dessa maneira, muitos de nós, procedemos…
Quando nos colocamos na posição de servidores de Jesus, é mister compreender que os “problemas brotam”. De todos os lados, empecilhos. De todas as circunstâncias, espinhos, ataques, pedras e dissabores.
Mesmo assim, quando outrora fomos convidados a olhar para além dessas dificuldades pequeninas e alcançarmos o horizonte que brilha eterno, conservamo-nos à margem do caminho… não prosseguimos e, ao contrário, desistimos de ir ao encontro da árvore divina.
Nossa fragilidade se expôs; nossos desgostos viraram feridas; nossas querências transformaram-se em arestas com o próximo e, então, não fomos adiante.
Porém o verdadeiro cristão precisa “atender ao chamado” e encorajar-se para não desistir da luta. Precisa saber que todo aquele que segue o Cristo somente será reconhecido por suas obras.
Acovardar-se ou entregar-se às forças da ignorância que teimam em postergar o brilho da luz é comungar com essas mesmas forças transitórias. É abdicar, de forma consciente, do convite para mais Alto.
Por isso, ainda que se nos firam os pés; ainda que sangrem nossas mãos, não cessemos de servir Àquele que é digno de louvor e glória, pois, no momento preciso, no exaurimento de nossas forças, ouviremos a voz do Cordeiro a nos dizer no imo d’alma: Vinde, meu filho; vinde colher os frutos da árvore da Vida, que você soube cultivar.
E é então que, renovados nessa esperança para um “novo olhar”, seguiremos sempre.