“Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadoras, emite de ti mesmo aquelas outras que se mostrem capazes de gerar vida e elevação, otimismo e alegria.” Emmanuel¹
Sempre que somos cercados por vibrações infelizes – considerando a irradiação que parte dos outros a nós – tendenciamos a acolhê-las em nossa esfera íntima, abrindo portas para o desequilíbrio mental, emocional e, consequentemente, espiritual.
É como se aceitássemos mansamente essa onda vibratória que, repentina ou vagarosamente, toma conta do fundamento que deveria reinar em nosso interior: a paz, o equilíbrio, a harmonia.
Quanto a isso, carecemos de maior atenção e sustentação de nossas ideias para o bem…
Jesus outrora nos advertiu: vigiai e orai. E o ensinamento, aqui, também encontra guarida, pois a vigilância quanto àquilo que nos cerca nos levará à eleição daquilo que absorvemos.
Cabe a cada um zelar e velar pelo próprio santuário espiritual. Cada um é responsável, dentro do limite de ação, por aquilo que irradia e acolhe. Mas, quanto à nossa individualidade, carecemos sim de maior vigilância, para que não nos sintonizemos com vibrações que venham a nos desarmonizar.
E, se por descuido, isso acontecer, estejamos certos de que podemos retomar o leme e o curso do barco quase náufrago na situação. Às irradiações negativas, aprendemos com o Cristo que somente o Amor será capaz de anulá-las, onde está o magistério de pagarmos todo o mal com o Bem.
Assim, ante as ideias que não nos pertencem e nos assaltam a caminhada, ofereçamos, a contragolpe, a lição amorosa do pensamento elevado, vertendo a lama que vem, em água límpida que vai ao encontro da fonte geradora, restaurando, e renovando, incessantemente.
¹ Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel, no livro “Meditações Diárias”, capítulo Vibrações.