Incontáveis têm sido as mensagens trazidas ao conhecimento humano para o aprendizado, para a transformação da moral e do caráter para o bem. Vêm em forma de ditados espiritistas, mas vêm também através da fala, da música, da poesia e, de forma mais profunda, através de obras sólidas que atravessam as décadas e os séculos.
Em todas as áreas, estamos fartos de volumes que versam sobre a ciência, a filosofia, a religião, permitindo-nos afirmar, com larga expressão, que nunca antes a humanidade se viu tão agraciada com obras de grande quilate para o seu entendimento.
O pior nesse contexto é que, quase sempre, embora tomemos nota daquilo que lemos, e se assim o fazemos, aproveitamos o conteúdo absorvido para instruir ‘o outro’, aconselhando-o, apontando-o, orientando-o como deve fazer para acertar o passo no caminho da sua transformação pessoal. Mas, e quanto a nós?
Olvidamos de perceber, então, que a mensagem textualizada, no mais das vezes, é a nós dirigida, endereçada como oportunidade de reflexão sobre temas interligados com as nossas condutas habituais que precisam ser meticulosamente revistas, ou aperfeiçoadas.
Por isso, a uns, os ditados revolvem sobre a caridade, a abnegação, a avareza, a fim de que o destinatário avalie o sentido da posse e o apego exagerado. A outros, esclarecem sobre o orgulho, o egoísmo, para enaltecer o exercício da humildade, da igualdade, da renúncia de pontos de vista. Ainda a alguns, as passagens repisam sobre a Criação, a Natureza, os multiversos, elevando em magnitude infinita nosso Senhor.
Vê-se, pois, que a mensagem do esclarecimento não é privilégio de ninguém. Partida de fonte pura, com escoro na Verdade, a todos pode ser distribuída, contanto que tenhamos ‘olhos de ver’ e ‘ouvidos de ouvir’ para absorvermos, com sincera humildade, a nossa cota-parte no ensinamento.
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