Existem fatores aos quais estamos todos expostos que podem – e por vezes o fazem – aniquilar toda uma existência de regeneração e evolução. São os denominados ‘Gigantes da Alma’, assim concebidos a Rotina, a Ansiedade, o Medo, e a Solidão.
Em seu livro ‘O Homem Integral’¹, o Espírito Joanna de Ângelis dita à humanidade, pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco, que esses ‘gigantes’ têm o pérfido papel de paralisar o estágio evolutivo das almas, tornando-as verdadeiras presas confinadas ao caminho doloroso da depressão.
O primeiro ‘gigante’, assim entendido como a Rotina, consubstancia-se num estado psicológico de aceitação mórbida; é a ferrugem da alma à qual prendemo-nos para realizar as mesmas coisas mecanicamente, fazendo com que a vida perca o seu verdadeiro sentido de ativação.
O segundo dito ‘gigante’ é a Ansiedade, o desejo de que as coisas passem rápido para… nada. O ser ‘está aqui’, mas ansioso para ‘estar ali’. Quer o Natal, mas chegando o período das festividades natalinas, já está desejoso dos momentos do carnaval. E por aí vai…
Continuamente, Joanna de Ângelis elenca o Medo, retratado pela imagem ilustrativa de Edvard Munch, na tela ‘O Grito’², como sendo uma condição anômala ‘…decorrente de fatores sociológicos, das pressões psicológicas, dos impositivos econômicos; (…) [que] assalta o homem, empurrando-o para a violência irracional ou amargurando-o em profundos abismos de depressão’.
E, como quarto ‘gigante da alma’, mas não menos prejudicial, a Solidão, descrevendo a benfeitora espiritual que mesmo às voltas com inúmeras pessoas, sentimo-nos sós, mumificados em espírito, pois esquecemos que ‘só é solitário, quem não é solidário’.
Contrariamente, embora não possamos desprezar esses possíveis estágios perturbadores de nossas almas, é necessário reconhecer que a ALMA é a verdadeira gigante nessa batalha. Mais que isso, nessa ‘luta’ psicossociológica, há uma regra que sobressai: ‘Há dia para nascer e para morrer, mas todo dia é dia para VIVER’.
À luta, pois.
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[1] Franco, Divaldo Pereira – O Homem Integral, pelo Espírito Joanna De Ângelis;
² O Grito – Edvard Munch, pintor norueguês, precursor do expressionismo alemão [1863-1944].