“Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”¹ Jesus
Há quem duvide, ainda, da bendita lei que permite ao homem volver ao corpo de carne para suprir as faltas e, ou, angariar novos valores rumo à sublime ascensão espiritual.
E porque duvidam? Seria o desconhecimento das leis próprias da Natureza, ou fanatismo que prepondera em seu Espírito?
A despeito disso, não cabe ao Espiritismo digladiar com as consciências que não desejam ver a luz. Ademais, cada coisa a seu tempo e, bem sabido, na própria natureza nada dá saltos.
Ao Espiritismo o dever de elucidar aqueles que lhe batem à porta na busca incessante de revisitar Jesus, pois que a Doutrina do Amor nada mais é que o Mestre redivivo, onde suas lições, outrora não compreendidas de todo, hoje, pela bênção da comunicabilidade dos Espíritos, estão reveladas na profunda concepção, a fim de que ninguém possa alegar-se imerecido da luz da Verdade.
Os espíritas, de sua vez, têm a missão de, em primeiro plano, aplicar as lições apreendidas a si mesmos e, está aí, lucidamente, a maior caridade que podemos fazer pela Terceira Revelação, tornando-nos exemplos dignos do conhecimento para que as multidões em descaminho possam obter um roteiro seguro para seguirem.
Quanto aos perseguidores – aceitem, ou não-, não farão com que Deus mude seus propósitos tão somente porque não estão de acordo suas Leis eternas. Lembremo-nos que a Sabedoria do Pai é SOBERANA e Ele não nos dá o querer de alterá-las segundo nossa limitada visão.
Progredir é, por isso, uma necessidade. Esse progresso d’alma, no entanto, dá-se pelo amor, pela aceitação, pela instrução, e pela humildade reconhecida, ou, também, pelo cadinho da dor, onde o ser espiritual demora-se na luta ingente da resistência improfícua.
Reencarnar, mais que matéria filosófica ou científica, é misericórdia do Criador, que não fecha as portas renovadoras aos filhos seus, dando-lhes, de novo, a vida para a conquista justa e merecida da eterna Vida, conforme a sentença: “A cada segundo as suas obras”.²
Não olvidemos, além disso, que Jesus dava graças porque Deus revelava as Verdades aos simples e pequeninos, porque os sábios e prudentes, precavidos e debatedores, não estavam abertos a um novo compreender. Acreditavam tudo saber e, infelizmente, traduziam-se em cegos que conduziam cegos.
Olhemos, ao arremate, o mundo em que vivemos: dores várias, aflições diferentes, penas em matizes particulares; tudo isso, desde o berço. Sem a reencarnação, d’onde a Justiça Divina? Acaso os incrédulos veem no Pai, de um lado, o Senhor de privilegiados e, de outro, de desafortunados de Sua bondade?
Ó, homens! Até quando o véu da cegueira continuará sobre as vossas vistas? Ide, olhai, e, sobretudo, meditai, porque os tempos – já se disse -, são chegados…
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¹ João 3:7
² Romanos 2:6